Prefeitura Municipal de Salvador

Teatro Gregório de Mattos

 

Para conhecerem bem a minha casa, vou levar a todos e todas para um breve passeio pela minha área. O Teatro Gregório de Mattos tem dois pavimentos, cada um com um espaço interno. No térreo, está a bela Galeria da Cidade, com 400 m² de área utilizável, e poderá receber desde exposições, a intervenções artísticas e instalações. Uma escada escultura liga o térreo ao andar superior. Assim como outros espaços projetados por Lina Bo Bardi, ela tem fundamental importância para o conceito do equipamento. Apresenta degraus que se assemelham a um papelão dobrado e está apoiada em um pilar acoplado a mãos francesas.

 

E para homenagear a história do Centro Histórico da soterópolis, no segundo pavimento está a Sala de Espetáculos Tabaris. Com uma arquitetura alternativa, o espaço é múltiplo, propício para receber espetáculos inovadores e possui capacidade para receber 300 pessoas. Sua plateia é adaptável a diferentes propostas, já que não tem uma disposição fixa, podendo ser montada de acordo com cada atividade. A sala conta também com um bar, que poderá ser aberto ao público durante os eventos.

 

Além disso, as instalações do teatro foram adaptadas para receber pessoas com deficiência física. Entre as ações, destacam-se a construção de rampas de acesso desde a escada da Barroquinha até a entrada do espaço, que conta com elevador e sanitários específicos para esse público.

 

“Bem, no conjunto que apresentamos hoje, conjunto dos componentes de uma das cidades mais significativas da América Latina, Bahia de Todos os Santos,  este relacionamento [entre o Teatro e a Arquitetura] aparece claramente, como espírito fundamental da cidade: Teatro que sai nas praças, ruas, que invade a cidade, cadeiras e móveis que saem das casas, e gente, homens e mulheres, crianças, todo um Povo […] É nesse sentido de Liberdade que apresentamos hoje os princípios de nossa tentativa da recuperação do Centro Histórico da Cidade do Salvador na Bahia de Todos os Santos; escolhemos como marco da nossa tentativa o “Buraco das Cavernas”, isto é, a janela que abre sobre a Praça Castro Alves, sobre toda a Cidade da Bahia, para dizer que o “respeito histórico” pelos monumentos é um Passado que deve ser rigorosamente conservado. […] Existe porém outro tipo de Passado que pode ser conservado mas deve viver ainda em forma de “Presente Histórico”, acompanhando o presente real da vida de todos os dias. […] Espero que vocês aproveitem todos os espaços de uma cidade  e que encontrem também, junto ao respeito rigoroso pelo passado, o moderno Teatro da Liberdade.”

(Projeto Barroquinha. In: FERRAZ, Marcelo Carvalho (org.) Lina Bo Bardi. São Paulo, [s.n.], 1993, p. 276).

 

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